A beleza do amor foi se acabando com a entrega do corpo; foi se esvaindo por entre os dedos, pela força daquelas mãos que se juntavam, demasiadamente, para mostrar que um pertencia ao outro.A magia daquele amor foi embora com as brigas que nunca existiram, com as cenas de ciúme que não aconteceram e com todas as cobranças que, eles, deixaram para mais tarde; o que eles não sabiam é que o ‘mais tarde’ é sempre tarde demais e que amor pede urgência.Talvez ela soubesse disso ou, então, imaginava saber; os pensamentos gritavam alto demais e ela sentia como ninguém que, uma hora ou outra, o fim chegaria.Ela sabia e sofria.Ele sabia e queria.
As coisas aconteceram sozinhas e sem muita vontade ou conversa, só choro e desculpas e um amorzinho que parecia não ir embora jamais; vive dentro dela e talvez viva para sempre, enquanto nele nem chegara a ser amor.Aquela PAIXÃO que antes era direcionada a ela, agora, passa por vários corpos e bocas que talvez ele nem conheça ou faça questão de conhecer.Ela diz que ele mudou.Ele diz para esquecer.E eu digo que é tempo perdido.Talvez ela o ame por um longo tempo; talvez um longo tempo dure apenas três minutos.— Um dia tudo passa – ele disse.E ela só lamenta por ‘um dia’ demorar tanto a chegar.
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